Karl Marx
Da Modernidade Capitalista ao Socialismo/Comunismo.
Karl Marx passou à história como o autor que formulou as bases do socialismo moderno a partir de uma crítica radical ao capitalismo.
Embora uma critica, isto não significa que o autor deixasse de reconhecer a natureza revolucionária do sistema capitalista moderno, que promoveu mudanças profundas ao redor do mundo em pouco mais de um século.
Para o autor do Manifesto do partido Comunista, o capitalismo é um sistema de produção de mercadorias e a base desse sistema é a relação entre o capital
(máquinas, matérias-primas, imóveis, recursos financeiros etc.) e o trabalho (a mão de obra).
Como diz o Manifesto, os capitalistas desestruturam todas as relações tradicionais onde quer que chegue. Submetem a tudo e a todos com sua lógica da eficiência e da produtividade. Nesse universo, tudo pode ser subjulgado ao poder do capital, pois a tendência do sistema é mercantilizar todas as esferas de ação social. Lembramos que a própria força do trabalho se transforma em mercadoria. Karl Marx tornará famosa uma metáfora que expressaria perfeitamente o espírito da Modernidade capitalista – “Tudo que é sólido desmancha no ar”.
Segundo Karl Marx, sobre esta base econômica se elevaria uma superestrutura jurídica, política e ideológica que funcionaria no sentido de legitimar tais relações, convencendo e coagindo os cidadãos da necessidade permanente da reprodução desse sistema. As manifestações típicas dessa superestrutura são: as leis, a polícia, a escola e os valores ideológicos. A esta superestrutura que garantiria esse processo de reprodução desse tipo de sociedade Marx chamará de estado burguês.
Apesar da natureza revolucionária, na origem, o capitalismo se consolidaria como um sistema explorador e excludente, pois todo o excedente produzido nas fábricas seria desigualmente distribuído, que o geraria massas de pessoas empobrecidas e uma minoria de burgueses