Karl marx - resenha
Acadêmica Anna Carolina Simões Abrantes – Direito Noturno, 1° Período
Resenha: Um toque de clássicos – Karl Marx
Por Anna Carolina Simões Abrantes
O primeiro capítulo do livro de Tania Quintaneiro tem por objetivo apresentar ao leitor os fundamentos do pensamento marxista – metodológicos e conceituais.
Karl Marx, filósofo alemão, escolheu como objeto de estudo a sociedade capitalista. E, para analisá-la, utilizou um método de observação que o mesmo denominou de materialismo histórico e dialético - processo que teve como sua base a dialética de Hegel – mas, no entanto, se diferenciou da mesma devido à crença marxista de que o homem é um ser transformador da sociedade e por defender a teoria de que as relações de trabalho e a luta de classes (que, segundo mesma remonta ao início da sociedade) são fatores de influência sobre o indivíduo. Assim como separa o grupo social em duas estruturas diferenciadas: super-estrutura, que seria o alicerce da sociedade, ou seja, o conjunto das forças produtivas; e infra-estrutura, que seriam as instituições políticas e sociais vigentes.
Ao longo de sua observação e crítica ao modo de produção capitalista, Marx observou que o processo de produção dos bens de consumo próprio do capitalismo transforma também o trabalho humano em uma mercadoria e torna, assim, o proletário em uma ferramenta de lucro para o burguês, que tende a explorá-lo. A partir dessa visão, Marx formula o conceito da “mais-valia” – que seria a diferença entre o valor do salário do trabalhador e o valor de merco do produto que ele cria – e da “alienação” – processo que provoca no proletário a inconsciência sobre o fruto do seu trabalho.
Segundo ele, a divisão de classes é um processo acarretado exclusivamente pela criação da propriedade privada, não a partir de critérios de renda. As classes existem porque existem aqueles que detém os meios de produção e aqueles que não os