kant
Immanuel Kant nasceu em Konigsberg, em 1724 e faleceu em 1804, sem nunca ter saído de sua cidade natal. Foi um dos últimos europeus a dominar toda a ciência do seu tempo, incluindo a física, a geografia, a filosofia e a matemática. Lecionou na Universidade de Konigsberg e foi o autor de uma das mais influentes teorias éticas. A ética kantiana coincide com o surgimento e a ascensão da sociedade industrial e capitalista, sendo considerada a ética do homem empreendedor, se fundamentando na autonomia racional. A ética kantiana é considerada deontológica porque defende que o valor moral de uma ação reside em si mesma, na sua intenção e, não nas suas consequências. Kant defendia que o valor moral das ações depende unicamente da intenção com que são praticadas. Assim, uma ação pode não ter valor moral apesar de ter boas consequências. E para sabermos se a intenção tem valor moral ou é boa, segundo Kant, devemos analisar se o propósito do agente é cumprir o dever pelo dever. O cumprimento do dever é o único motivo em que a ação se baseia. Um exemplo seria o fato de não roubar, pois este ato é errado e não porque poderei ser punido. Desta forma, uma ação com valor moral é uma ação que cumpre o dever pelo dever, sem “segundas intenções”. Exemplificaremos a diferença entre as ações conforme o dever e as ações feitas por dever. Existem dois comerciantes que praticam preços justos e não enganam seus clientes. Aparentemente estão agindo bem. Porém um dos comerciantes, João, não aumenta os preços pois tem receio de perder os clientes e o outro, Vicente, não o faz por julgar que sua obrigação moral consiste em agir de forma justa. João tem um motivo egoísta, sua ação é conforme o dever; diferentemente de Vicente que pratica sua ação por dever. Ou seja, as duas ações exteriormente são semelhantes, têm as mesmas consequências, porém não têm o mesmo valor moral. As regras morais devem ser respeitadas independentemente das consequências, são leis