JUSTIFICATIVA FOTOS

Centro Universitário Nossa senhora do Patrocínio

Do filme ao digital:
A fotografia deixando a caverna

Salto, 2014

HISTÓRIA DA ARTE
Ter que representar formas de arte tão primitivas nos leva a refletir sobre trecho da obra “A História da Arte” de E. H. Gombrich (2012):

(...) Se entendermos por arte alguma espécie de belo artigo de luxo, algo para nos deleitar em museus e exposições, ou uma coisa muito especial para usar como preciosa decoração na sala de honra, cumpre-nos reconhecer que esse uso da palavra constitui um desenvolvimento bem recente e que muitos dos maiores construtores, pintores ou escultores do passado sequer sonharam com ele (...) Mas dificilmente existirá uma construção no mundo inteiro que não tenha sido erigida para uma finalidade específica (Gombrich, 2012, p.39).

A arte em seu primórdio não buscava ser bela, mas útil. Seguia padrões rígidos estabelecidos, privando, mesmo que não de maneira perceptível, a criatividade artística e inovadora. Os próprios artistas da época não buscavam criar novos pontos de vista, perspectivas e nuances. Bastava serem muito habilidosos em elaborar suas pinturas e esculturas de acordo com normas estabelecidas, pois cada forma e cor pressupõe exatamente um significado.
Para a arte do paleolítico, a pintura desenhada nos interiores das cavernas era de enorme poder do ponto de vista da utilidade e não da contemplação. Esses povos primitivos acreditavam que desenhar a imagem de sua presa nas paredes da caverna dariam a eles o poder de possuírem os animais verdadeiros. Há um misticismo nesta representação.
As imagens produzidas no período bizantino cumpriam também esse papel místico, pois as imagens eram, acima de tudo, sagradas. Ainda segundo Gombrich (2012), questionamento característico dessa fase da História da Arte poderia ser o de que, “se Deus, em Sua misericórdia, pôde revelar-Se aos olhos dos mortais na natureza humana do Cristo, por que não estaria disposto a manifestar-Se em