Julgamento
Este é Emílio, um jovem de 25 anos. Conheceu Beatriz quando faziam pré-vestibular e, depois de 7 anos de namoro, resolveram se casar. Mas Emílio percebeu que precisava de uma grana extra, caso quisesse realizar esse sonho. Como Beatriz não trabalhava, e nem poderia, já que cuidava de sua avó, ele, que já trabalhava como mecânico em uma oficina durante o dia, pediu ao seu cunhado para trabalhar na linha de produção da fábrica em que ele era encarregado, no período noturno, em escala de 6x1.
Foram meses muito difíceis, Emílio dormia cerca de três horas por dia, e passava boa parte do seu fim de semana descansando. Mas valeu a pena, com este grande esforço, conseguiram casar-se, em uma cerimônia muito simples, de fato, mas uma bela festa, que encheu a Emílio de orgulho.
As famílias, então, como estavam felizes! É bem verdade que todos ajudaram como puderam, dando móveis, eletrodomésticos, ajudando nos custos da lua de mel, etc. Os pais de Emílio tinham sorrisos e lágrimas misturados em seus olhos. Os pais de Beatriz, também, estavam felicíssimos, por perceberem que sua filha havia se casado com um grande homem, que certamente não mediria esforços para fazê-la feliz. Todos estavam felizes com mais aquela família que se iniciava naquela comunidade.
Entretanto, casamento não é coisa fácil, os gastos são altíssimos, mesmo pra quem trabalhou durante alguns meses em dois empregos. Assim, Emílio conversou com Beatriz, e ela concordou, que ele permanecesse nos dois empregos por mais alguns meses, para aliviar um pouco mais a dívida do casamento.
Assim concordaram, e assim foi. O tempo passou, como sempre passa.
Faltavam alguns dias para que chegasse o aniversário de dois meses de casamento dos pombinhos, e Emílio resolveu fazer uma surpresa para a sua amada esposa. Conversou com o