Julgamento de procópio
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA: TÓPICOS EM SOCIOLOGIA DA SAÚDE
PROFESSOR Dr. : FRANCISCO DE OLIVEIRA BARROS JÚNIOR
* Procópio: inocente, ou culpado? Justifique sua resposta.
Procópio é, sem sombras de dúvidas, culpado. Um doente precisa das doses diárias dos remédios nas horas certas, pois a ministração errônea de algum medicamento pode acarretar danos seríssimos ao enfermo. No caso do Coronel Felisberto, que era um homem idoso, esses cuidados deviam ser redobrados, e o Procópio assume que adormeceu por volta da hora de ministrar o remédio, acordando com os gritos dele, que parecia delirar. Ao ser atingido por uma moringa arremessada pelo Felisberto, Procópio, ao invés de ter uma posição mais profissional e ‘fria’, levando em consideração a situação de quase invalidez do Coronel, ele tem um acesso de fúria, partindo para cima do Felisberto (acamado e delirando) esganando-o.
Após a morte do Coronel , Procópio vive num estado de culpa, pois ele tem ciência do que fizera. Ao saber que é o herdeiro universal do homem que ele próprio assassinou, ainda tem um lapso de peso na consciência e resolve doar tudo como forma de compensação do extremo mal que fez, mas ao receber a fortuna, ele não hesita em fazer pequenas doações e ficar com boa parte do dinheiro.
Procópio ainda se contradiz, pois no início do conto ele revela que viveu com o Felisberto uma espécie de lua de mel por uma semana e a partir do 8º dia, começou a viver como seus predecessores(até o fatídico acontecimento), uma vida de ‘cão’ mostrando o Coronel como um verdadeiro carrasco, e no final do conto, ele afirma “Penso às vezes no coronel, mas sem os terrores dos primeiros dias”... Mas não foi nos primeiros dias que aconteceu justamente a tal ‘lua de mel’? Na passagem em que diz para colocar no epitáfio de seu túmulo “Bem-aventurados os que possuem, porque eles serão consolados”, Procópio quer dizer que o