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The old body as a mistaken image: the moral of smooth skin and media censorship of aging
Paula Sibilia1
Resumo Na era do “culto ao corpo” e da espetacularização da sociedade, instados a se converter em imagens com contornos bem definidos, os corpos humanos são desencantados de suas potências simbólicas para além dos códigos da “boa aparência”. Nesse contexto e paradoxalmente – meio século após os movimentos de liberação sexual e em plena reivindicação da subjetividade encarnada, com a “expectativa de vida” aumentando sem cessar –, novos tabus e pudores converteram a velhice num estado corporal vergonhoso. Este artigo focaliza as estratégias de censura implícita dos meios de comunicação gráficos e audiovisuais, que evitam mostrar ou retocam as imagens de corpos idosos com técnicas depuradoras e alisadoras, insinuando que ostentá-las despudoradamente equivaleria a praticar uma nova forma de obscenidade, e disseminando essa pedagogia no próprio público.
Palavras-chave: Velhice. Subjetividade contemporânea. Imagem. Visibilidade.
Culto ao corpo.
Professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e do Departamento de Estudos Culturais e Mídia da
UFF, autora de O homem pós-orgânico: Corpo, subjetividade e tecnologias digitais (2002), O show do eu: A intimidade como espetáculo (2008) e Redes ou paredes: A escola em tempos de dispersão (2012), pesquisadora do CNPq e Jovem
Cientista do Nosso Estado pela FAPERJ.
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c o m u n i c a ç ã o , m í d i a e c o n s u m o s ã o pa u l o a n o 9 v o l . 9 n . 2 6 p. 8 3 - 1 1 4 n o v. 2 0 1 2
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O corpo velho como uma imagem com falhas: a moral da pele lisa e a censura midiática da velhice
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o corpo velho como uma imagem com falhas
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Resumen En la era del “culto al cuerpo” y en plena espectacularización de la sociedad, instados a convertirse en imágenes