Jubiaba-jorge amado
Jubiabá é construído sob traços romanescos e épicos que o tornam obra expressiva aos moldes do romance de 30 no Brasil, romance que documenta um momento de lutas pelos direitos trabalhistas, na cidade da Bahia, Salvador, além de tratar dos tipos peculiares habitantes daquele lugar, sob uma ótica ao mesmo tempo realista e idealista, tem grande repercussão entre a crítica e ganha logo novas edições fora do país. É um romance que narra a vida de Antônio Balduíno, principal personagem da obra, que vive no morro da Capa Negro, no Pelourinho. Ele vivencia aos poucos a miséria do povo do morro, o racismo, a prostituição, a crença do povo com relação ao Candomblé, a exploração da mão-de-obra, os baixos salários e o lento amadurecimento do protagonista rumo à consciência política.
OBS: pode retirar este parágrafo, pois o mesmo seria um enredo da obra
No livro, vê-se também a importância do espaço urbano e da relação entre a cidade e o morro, vivido pelo menino Balduíno, que tinha um vislumbre pela cidade que, de início, não a pertence. As histórias ouvidas do morro, por muito tempo, são referências para a construção de sua identidade. É nesse espaço do morro que a figura do Pai de Santo, Jubiabá, é respeitada e temida por todos. Pode-se observar na obra o valor da ocupação do território no processo formador de raízes, identidade, opiniões... “pois um grupo não pode ser compreendido sem o seu território, no sentido em que a identidade sócio-cultural das pessoas estaria inarredavelmente ligada aos atributos do espaço concreto”
As diferenças reveladas pela cidade constituem-se na essência das relações sociais, nas percepções, vivências e memórias dos indivíduos.
Espaço
Em Jubiabá, a delimitação do espaço concorre para a caracterização do realismo crítico, ou seja, a delimitação das questões sociais, como aquela da exploração capitalista, é apresentada através do detalhamento determinista do espaço. Vê-se o espaço da vadiagem, o trabalho dos