Juazeiro
Cariri, no interior cearense, em 1914. Foi gerada pela intervenção do poder do governo federal na política dos estados, tendo como símbolo o Padre Cícero.
A revolta é um exemplo da ligação entre o clero católico e os grandes proprietários nos sertões brasileiros. Pacto dos Coronéis (1911)
Padre Cícero é eleito prefeito de Juazeiro do
Norte com o apoio dos grandes fazendeiros locais. Para assegurar a permanência da família Accioly no governo cearense, o padre promove o chamado "pacto dos coronéis", com 17 dos principais chefes políticos da região do Cariri.
Então o coronel Marcos Franco Rabelo, interventor nomeado pelo governo nacional, passou a perseguir o Padre Cícero, destituindo-o de seus cargos e ordenando sua prisão. A medida foi imediatamente reprovada por grupos oligárquicos do Ceará, que, liderados por Floro
Bartolomeu, organizaram um batalhão formado por jagunços e romeiros em defesa do Padre
Cícero.
Juntos, forçam a Assembléia Legislativa a rejeitar o nome de Franco Rabelo, escolhido pelo presidente
Hermes da Fonseca para governar o estado.
A fim de garantir a decisão, os fazendeiros armam centenas de sertanejos e os enviam à capital, onde são contidos pelas forças federais. Franco Rabelo renuncia e
Hermes da Fonseca nomeia interventor do estado o general Setembrino de Carvalho.
Padre Cícero aumenta sua influência sobre a população sertaneja, que o venera como santo. Por ocasião de sua morte, em 1934, sua fama se espalha pelo
Nordeste e Norte do país.
Pelo envolvimento no evento político, o Padre Cícero foi excomungado pela Igreja Católica no fim da década de 1920.
Todavia sua influência no Ceará e na região Nordeste fizeram com que sua imagem como homem santo fosse mantida, até hoje é venerado pela população da região e atrai milhares de pessoas a Juazeiro do
Norte.
Causas
- Intervenção do governo central no ceará, retirando do poder a tradicional família Accioly
(política das salvações).
- Padre