José Saramago
1922 Azinhaga (Portugal) – 2010 Tías (Espanha)
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
- Prêmio Camões, 1995;
- Nobel de Literatura, 1998;
- Membro do Partido Comunista Português;
- Ateu.
“O espelho e os sonhos são coisas semelhantes, é como a imagem do homem diante de si próprio”.
“Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar”.
“Não sou um ateu total, todos os dias tento encontrar um sinal de Deus, mas infelizmente não o encontro”.
CARACTERÍSTICAS:
- Linguagem praticamente sem pontuação, (no lugar de pontos normalmente são inseridos vírgulas);
- Estilo oral, coeso dos contos de tradição oral português;
- Comunicação é mais importante que ortografia;
- Fluxo de consciência, o leitor chega a confundir-se se certo diálogo foi real ou apenas pensamento;
- Comentários irônicos e mordazes.
TEMAS:
- Crítica social e política (principalmente à Igreja Católica);
- Denúncia da hipocrisia da sociedade;
- Preocupação com o homem e seu destino;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
“Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória”.
“Cada dia traz sua alegria e sua pena, e também sua lição proveitosa”
“Dificílimo ato é o de escrever, responsabilidade das maiores. (...) Basta pensar no extenuante trabalho que será dispor por ordem temporal os acontecimentos, primeiro este, depois aquele, ou, se tal mais convém às necessidades do efeito, o sucesso de hoje posto antes do episódio de ontem, e outras não menos arriscadas acrobacias (...)”
RESENHA: O ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA
José Saramago foi considerado “o mais talentoso romancista vivo nos dias de hoje” e “um dos últimos titãs de um género literário que ainda está a desvanecer”, segundo o crítico norte americano Harold Bloom. Com seu estilo único de escrita, foi agraciado com o Nobel de Literatura, porém criticado pelos seus temas e críticas. Um de seus livros, O ensaio sobre a cegueira, retrata a história de uma mulher, a única