jose lins do rego-obra
Seu primeiro romance foi publicado em 1932, custeado por ele próprio. José Lins do Rego inaugurava com Menino de Engenho uma série de seis obras intitulada "Ciclo da cana-de-açúcar". O primeiro romance foi seguido pela publicação de Doidinho (1933), Bangüê (1934), Moleque Ricardo (1935), Usina (1936) e Fogo Morto (1943), todos dedicados à reconstrução de um detalhado painel do ocaso da produção açucareira no período após a abolição da escravidão no Brasil por meio de um discurso memorialístico.
Entre os anos de 1942 e 1954, o escritor foi secretário geral da Confederação Brasileira de Desportos. Apaixonado por futebol, José Lins do Rego escreveu inúmeras crônicas sobre seu esporte predileto.
Outros temas presentes em sua obra literária e relacionados ao universo nordestino foram o cangaço, a seca e o misticismo ou sebastianismo. Esses temas, unidos ao ciclo da cana-de-açúcar, deram ao escritor um perfil regionalista. Ele trabalhou a temática do Nordeste brasileiro através de uma linguagem popular regional, o que conferiu à sua obra veracidade e autenticidade no tratamento das questões daquela realidade cultural.
Durante os anos de 1940 e 1950, o escritor paraibano fez algumas viagens ao exterior para proferir palestras e acompanhar o lançamento de seus livros traduzidos em diversos países. Seu último romance, Cangaceiros, foi publicado em 1953.
Em 15 de setembro de 1955, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, para ocupar a cadeira nº 25. No ano seguinte, fez sua última viagem a Paris (França), onde encontrou Gilberto Freyre e Cícero Dias. Foi a despedida dos amigos. De volta ao Brasil, lançou seu livro de memórias Meus Verdes Anos.
Alguns de seus livros foram adaptados para o