Jos Murilo de Carvalho Os bestializados cp iv e v
Cap IV – Cidadãos ativos: a Revolta da Vacina
O autor inicia o texto fornecendo um dado curioso ao qual retornará no final do capitulo: 80% da população do Rio de Janeiro não possuíam direito a voto, e os 20% restantes não se interessavam por votar. (participação política, cidadania)
Logo após, ele faz uma retrospectiva do cenário político e econômico geral para então proceder a um relato histórico dos fatos que levaram à Revolta da Vacina. Feito isso, JMC se dedicará a saber quem são os revoltosos e por fim, o autor tratará dos motivos da revolta. Seu objetivo é: “esclarecer a composição da população insurgente e as motivações justificadoras da Revolta.” (pág. 91)
O cenário político e econômico era de recessão e crise, que começavam a melhorar com a troca de governo de Campos Sales para Rodrigues Alves. Este, usando capital estrangeiro, investiu em obras de reforma da cidade e de saneamento básico e na saúde, criando muitos empregos para a mão de obra não qualificada, ou seja, para a massa. Para a realização de tais obras, foram necessárias várias desapropriações e a derrubada de aproximadamente 640 prédios. Pereira Passos foi nomeado prefeito. No âmbito da saúde publica o primeiro desafio do então Ministro da Saúde, Oswaldo Cruz, foi a febre amarela, que combateu por duas frentes: a extinção dos mosquitos e o isolamento dos doentes. O segundo foi a peste bubônica transmitida por ratos e pulgas. Para eliminá-la, ele precisou exterminar os agentes e limpar e desinfetar casas e ruas. O que foi realizado com o auxílio da polícia, pois provocou rebuliço e perturbação na vida das pessoas. O terceiro desafio foi a varíola, que para ser erradicada era necessário vacinar a população, que muitas vezes não se interessava pela vacina, o que fazia sua obrigatoriedade pungente. E esta foi a causa da revolta.
A Revolta
A Lei de obrigatoriedade da vacina encontrou resistência tanto no congresso quanto fora dele. Opositores