Jornalista versus Historiador

642 palavras 3 páginas
Jornalista versus Historiador: o DNA que não se quer

Um questionamento levantado durante a aula de Teoria da História vem ecoado em minha mente. O jornalista e o historiador são figuras antagônicas e que combatem entre si? Poderíamos dizer que não e que sim; a resposta não é tão simples.
Ambos trabalham com a linguagem e com a (re)significação de uma realidade, e esta, não sendo atingível, só pode ser representada. Partindo deste pressuposto, vamos considerar que o objeto do historiador seja a cultura produzida pelo homem através do que se convenciona chamar de “tempo”. Mas não seria este também o mesmo alvo do trabalho do jornalista? Se tomarmos como fato diferenciador que aquele estuda o passado e este o presente deixaríamos de fora a possibilidade de o jornalista relatar (e reinterpretar) um fato que aconteceu há anos atrás visando compreender um acontecimento presente ou vice-versa no caso do historiador (tentar relacionar o passado a algo que acontece hoje).
Poderia a ser destacado o seguinte ponto: a parcialidade-objetividade de ambas as profissões, com tendência a crermos que o historiador tem mais compromisso com “a verdade”. Sem entrarmos no mérito da insistente discussão do que vem a ser verdade, deveremos pensar: se julgarmos que o profissional da imprensa sempre está “amarrado” a interesses político-empresariais será que o mesmo não pode acontecer ao historiador? Este pode, em seu trabalho, também estar preso a uma instituição que patrocine a sua pesquisa, ou ao pensamento acadêmico que o faz estudar apenas o que está “em voga” ou que merece atenção ou talvez aos seus próprios ideais e pressupostos. Por exemplo, por crer que o objeto de seu estudo deve ser observado por um prisma que, segundo seu pensamento, é o mais preciso ou ideal, ele defenderá seu ponto de vista. Nestes casos, o trabalho de ambos está refém a interesses. Por isso talvez o objetivo principal de cada uma destas qualidades de profissionais será sempre a busca pela utópica

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