Jornalismo Perigoso
Não é preciso ser jornalista ou entusiasta pela área para saber que muitos profissionais sofrem agressões físicas e morais, pelo exercício desta profissão, expondo-se diariamente a grande risco.
Constantemente vemos nos noticiários de TV, jornais impressos e na internet notícias chocantes sobre isto. Nos casos mais extremos, lamentavelmente, a morte.
Recentemente, o grupo religioso “EI” (Estado Islâmico), degolou os jornalistas James Foley e Steven Sotloff. A causa não estava diretamente relacionada ao jornalismo, mas com certeza o exercício da profissão, foi o que os expôs.
Os jornalistas são alvos fáceis, pois, para captar a notícia é necessário envolvimento. Acompanhar, filmar e entrevistar para garantir que a notícia chegue com o máximo de detalhes e precisão até o povo. Mas, em diversas situações, o povo descarrega sua insatisfação nos jornalistas, injustamente.
No Brasil, o último relatório divulgado pela FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), com os dados de 2014, mostrou que a região sudeste tem sido a campeã nos registros de agressões a jornalistas, seguida do nordeste.
Nas manifestações ocorridas em 2013, em todo território nacional, revelou um alto índice de violência. O jornalismo é feito, majoritariamente, por mulheres. No entanto, a violência acontece em maior número contra os homens. Sendo, os repórteres fotográficos e cinematográficos os principais alvos, por causa da fácil identificação através equipamento utilizado.
No relatório da FENAJ os principais agressores são os policiais militares, pelo menos nos últimos dois anos. Manifestantes estão em segundo lugar. Políticos, trabalhadores/populares, empresários de comunicação, criminosos, juízes/desembargadores, seguranças particulares e torcedores também figuram esta lista.
A BBC Brasil noticiou em fevereiro de 2014 que o Brasil se tornou o país com o maior número de jornalistas mortos nas Américas, segundo o relatório publicado pela RFS (Repórteres sem fronteiras).