Jorge molder
Introdução
O seguinte trabalho, realizado no ambito da disciplina Arte portuguesa no século XX, incide sobre a vida e obra do artista português Jorge Molder.
Jorge Molder é um fotógrafo que tem vindo a desenvolver uma profunda e sistemática exploração da imagem fotográfica enquanto modelo e veículo para a auto-representação. O seu trabalho é composto por várias séries, razão pela qual irei restringir-me a uma série, “Nox”, apresentada na 48ª Bienal de Veneza.
Vida e obra do artista Jorge Molder
Jorge Molder nasce em 1947, Lisboa. Estuda filosofia na Universidade de Lisboa, mas cedo descobre forma de se expressar através da fotografia, dando início à sua carreira como artista no fim da década de 70. O seu percurso artístico inclui várias exposições quer individuais como colectivas. O seu trabalho é composto por séries fotográficas e, é de destacar o papel evocativo que os títulos assumem. Com este processo de trabalho, contudo, não procura construir uma narrativa, uma história, mas sinalizar áreas de ficção que se relacionam com referências literárias, cinamatográficas e artísticas, ou quotidianas. Estas referências ligam-se de uma forma frequentemente intuitiva e não obedecem a um programa ideológico de estabelecimento de um universo. Pelo contrário, definem, de uma forma fluida, uma extensa rede de possibilidades e combinações.
Jorge Molder começa por recorrer à auto-representação, nos anos 80, com a série Autoportraits. Utilza a sua imagem como modelo de trabalho, que apesar de serem auto-representações densas, mesteriosas, versam a subjectividade, como oposto de serem elas próprias subjectivas. As fotografias de Molder, quer sejam a preto e branco e em grandes formatos, em zinco ou polaroide estão sempre à procura do detalhe significativo, para o processo que provoca a metamorfose da imagem no observador. A escala das suas imagens é de rigorosa importância.
As imagens às vezes parecem