Jorge Amado
“Com o povo aprendi tudo quanto sei, dele me alimentei e, se meus são os defeitos da obra realizada, do povo são as qualidades porventura nela existentes. Porque, se uma virtude possui, foi a de me acercar do povo, de misturar-me com ele, viver sua vida, integrar-me em sua realidade. Quem não quiser ouvir pode ir embora, minha fala é simples e sem pretensão(...)” (AMADO, Jorge. Os Pastores da Noite)
O capitão Jorge
Um dos maiores contadores de história da Literatura contemporânea, autor de vários clássicos como Gabriela,
Tieta e muito mais. A sua obra ganhou o país e atravessou o oceano. Tornando-o um dos escritores mais reconhecidos do nosso país. Suas obras mostravam um país erótico, mestiço, místico e povoado pelos mais diversos tipos humanos. Sua obra é um retrato do Brasil para o próprio
Brasil, com personagens fortes
“Branco puro, na Bahia, quem? Negro puro, na
Bahia, onde? Somos mulatos, felizmente!
Características do autor
Retrata o regionalismo nordestino, mostrando a desgraça e a opressão do negro, do pobre e do trabalhador nas zonas cacaueira e urbana da
Bahia. Mesclava realismo e romantismo, mostrava a linguagem do povo e objetivava a justiça social.
A obra de Jorge Amado pode ser dividida em três fases:
1. romances da Bahia ou proletários
2. romances ligados ao ciclo do cacau
3. crônicas de costumes
• Estilo próprio com linguagem simples, coloquial e popular:
“Desperta corneta dá o fora antes que lhe leve para o xilindró”
“Empurrei por quinhentão num coronel cheio da nota.... o bicho engoliu sem gritar.” “Agora tenho uma moreninha do balacubaco.”
“Diz que agora vocês têm uma putinha lá pra todo mundo...”
“Dobre a língua, filho da mãe.”
[...] “Boa-Vida ficou espiando os peitos da negra, enquanto descascava uma laranja que apanhara no tabuleiro.”
(Trechos da obra Capitães da areia, 1937)
• Personagens marginalizados
• Denúncia da miséria e opressão/Justiça social e ideologia política
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