Jorge Amado
Nascido em 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, distrito de Ferradas, município de Itabuna, sul da Bahia, Jorge Amado era filho do fazendeiro de cacau João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado. Foi para Ilhéus com um ano de idade e lá passou toda a sua infância.
A vasta obra literária de Jorge Amado foi adaptada inúmeras vezes para o cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de diversos enredos das escolas de samba por todo o Brasil. Ao todo, suas obras foram traduzidas para 49 idiomas, com alguns exemplares em braile e em audiolivro.
Jorge amado morreu no dia 6 de agosto de 2001, em Salvador. Conforme seu desejo foi cremado e suas cinzas foram enterradas em seu jardim na Rua Alagoinhas, na data que completaria 89 anos.
Em sua obra, Jorge Amado destaca o pobre, o negro, os marginalizados, enfim, todos os excluídos da sociedade, e os apresenta de modo diferente, narrando lhes a vida, os pensamentos, os desejos, ressaltando que estes também são humanos. O cenário é, normalmente, a zona urbana ou de plantação de cacau ou café da Bahia.
Jorge Amado é um dos destaques do Modernismo e em suas obras coloca a necessidade de justiça social Também acrescenta um tanto de ideologia política, sempre em defesa do povo.
Era grande apreciador da cultura negra e usa muito esse elemento em seus livros. Também ressalta o erotismo, além da sensualidade da mulher brasileira.
Introdução da Obra
A Morte e a Morte de Quincas Berro d’Água é uma das melhores narrativas publicadas por Jorge Amado. Veio a lume em 1958 e conquistou desde logo a admiração de quantos dela se aproximaram. Nitidamente imbricada no Realismo Mágico, mistura sonho e realidade; loucura e racionalidade; amor e desamor; ternura e rancor, de forma envolvente e instigante:
Joaquim Soares da Cunha foi funcionário público, pai e marido exemplar até o dia em que se aposentou do serviço público. A partir daí, jogou tudo para o alto: família, respeitabilidade, conhecidos, amigos,