John Stuart MIill
John Stuart Mill foi um filósofo e economista inglês, e um dos pensadores liberais mais influentes do século XIX. Foi um defensor do utilitarismo, a teoria ética proposta inicialmente por seu padrinho Jeremy Bentham. John Stuart Mill teve a sua educação orientada e dirigida, desde cedo, dentro do utilitarismo e das obras de Jeremy Bentham (1748-1832), para quem o egoísmo, a ação utilitária e a busca do prazer são princípios capazes de fundamentar uma moral e orientar os comportamentos humanos na direção do bem. Revelando-se precoce, Stuart Mill foi separado, por seu pai, das crianças da mesma idade e submetido a rígida disciplina intelectual. Conforme escreveu em sua Autobiografia, aos 15 anos queria trabalhar para reformar o mundo. Aos vinte anos, contudo, sofre uma forte crise nervosa, rompendo com as ideias que lhe eram impostas. Busca, então, apoio na leitura dos poetas líricos, convencido de que o ser humano não é apenas puro intelecto. Logo depois, volta a sofrer nova crise, dessa vez sentimental, vivendo um romance com Harriet Taylor, com a qual só pôde se casar 21 anos depois, tendo de enfrentar os preconceitos da sociedade de seu tempo. Tal fato iria marcá-lo para o resto da vida, refletindo-se em sua filosofia, sempre inconformista, contra as convenções sociais, tornando-o, inclusive, um dos precursores da liberação da mulher.
A indução como método científico
A filosofia de Stuart Mill representa o coroamento de toda uma linha do próprio pensamento britânico, iniciado por Francis Bacon. O seu principal objetivo consistiu em renovar a lógica, tida como acabada e perfeita desde a construção aristotélica. Stuart Mill aproveitou-se das idéias de John Herschel e William Whewell sobre a teoria da indução, além da grande influência que sofreu com a leitura dos primeiros volumes do Curso de filosofia positiva, de Augusto Comte. Antimetafísico, Stuart Mill faz da indução o método científico por excelência, atendo-se aos fatos. O filósofo parte