JOHN MAYNARD KEYNES - VIDA E OBRA
A economia monetária
John Maynard Keynes nasceu em Cambridge, Inglaterra, em 1883. Filho de John Neville Keynes, conceituado economista e professor da Universidade de Cambridge, acabou por seguir os passos de seu pai. Ingressou naquela universidade onde freqüentou os cursos de matemática, de política e administração pública e, por fim, de economia, quando foi discípulo de Marshall e Pigou. Em 1909, foi admitido como membro do corpo docente do King's College e, dois anos depois, indicado, por Marshall, para editor do Economic Journal, revista de economia de circulação internacional publicada pela Royal Economic Society, da qual foi secretário e redator a partir de 1913. Em 1915, foi convidado, pelo governo de seu país, a trabalhar no Departamento do Tesouro e, em 1919, tornou-se o representante financeiro daquela instituição na Conferência de Paz. Entretanto, as posições assumidas por Keynes durante as negociações do tratado de paz da Primeira Guerra Mundial divergiram frontalmente da visão dos vencedores, implicando seu afastamento do serviço público ao qual só retornaria durante a Segunda Guerra. Na década de 1920, dividir-se-ia entre seus cursos no King's College e suas atividades de financista na City e de articulista do semanário liberal Nation and Atheneum, do periódico trabalhista The New Statesman, do Times e do Manchester Guardian. Em seus artigos, está sempre presente a procura de desvendar as complexas relações entre economia e sociedade, e mostrar como o marginalismo e o quantitativismo induziam proposições de política econômica que beneficiavam o setor financeiro em detrimento dos industriais e dos assalariados. Estas preocupações tomariam forma acadêmica em seus escritos dos anos 1930; O tratado sobre a moeda e A teoria geral do emprego, do juro e do dinheiro. O ponto de ruptura fundamental com seus antecessores ingleses, austríacos e suecos estava em sua percepção acerca da natureza do raciocínio econômico.