John Locke - Biografia
Uma vez na França, foi chamado pelo lorde para assumir o cargo de conselheiro no governo de Carlos II, porém, uma reviravolta política afastou ambos do poder. Locke foi perseguido e fugiu para a Holanda, e só retornou à Inglaterra na comitiva do novo rei, Guilherme de Orange, na Revolução Gloriosa.
A volta de Locke com o novo rei teve grande importância simbólica: esse retorno significou o triunfo das ideias liberais a respeito do Estado e a consolidação da burguesia no poder. A impopularidade no novo rei católico atraiu o descontentamento da cúpula da Igreja Anglicana, que manipulou o futuro do soberano: o rei foi deposto por descontentamento popular.
A declaração dos direitos, que inaugura a monarquia constitucional (até hoje vigente, porém atualizada) e a deposição do rei por descontentamento da população foram ao encontro das ideias de Locke em "Segundo Tratado sobre o Governo". Na obra, o filósofo defende que a administração do Estado se sustenta num pacto social entre o rei e o povo, tendo em vista o bem-comum. Se os interesses do povo são contrariados, justifica-se a deposição do monarca. Locke, para relativizar o poder do trono, argumentava que todos os cidadãos têm o direito natural à liberdade e à propriedade, ainda que, no último caso, excluísse, na prática, aqueles que vendiam sua força de trabalho aos donos de terras.
Em seus últimos anos, viveu no campo, perto de Oates, e foi mentor intelectual do Partido Liberal. Morreu de causas naturais em 1704.
Bibliografia
LOCKE, John. Dois Tratados Sobre o