Jogos e Drogas
“No passado a comunidade psiquiátrica geralmente considerava o jogo patológico como compulsão, não como dependência motivada pela necessidade de aliviar a ansiedade”.
Durante muitos anos, comparar o comportamento de uma pessoa que tivesse o hábito com jogo em relação ao uso de independência com entorpecentes era inquestionável. Mas, após muitas pesquisas e relatos, chegou-se à conclusão que sem dúvida, o jogo cria dependência e acarreta sérios problemas nas pessoas. Pesquisadores consideravam até então o jogo patológico algo compulsivo, ou seja, uma válvula de escapa para aliviar tensões, ansiedades e até prazer. Somente na década de 80, a Associação Americana de Psiquiatria concluiu que o jogo patológico é doença, porém, muito vaga na época, para um grupo de transtornos que incluíam cleptomania, piromania e tricotilomania (impulso de arrancar cabelo).
A edição da associação DSM-5 do ano passado, tratou o jogo como uma doença química ou psicológica, fazendo muitos profissionais da área da psiquiatria trabalhar e tratar seus pacientes de maneira diferente. Segundo algumas pesquisas coordenadas em São Paulo, concluiu-se que, 33% são considerados jogadores problemáticos e 25% patológicos, já os americanos, ultrapassam dois milhões de dependentes e 20 milhões têm uma ligação forte com o jogo prejudicando suas vidas sociais e interferindo em seus trabalhos. Um índice alto de americanos relataram já ter jogado pelo menos uma vez na vida. Já no Brasil, jogos de azar são considerados ilegais, mas nos deparamos livremente com videogames e jogos pela internet, atraindo milhares de jovens sem sair de suas casas.
“... o jogo e a dependência de drogas são muito mais parecidos do que se acreditava.”.
A APA baseou suas últimas decisões nas quais, jogo e drogas são parecidos, revelando as mudanças no cérebro quando desenvolve dependência. O centro cerebral libera uma série de circuitos conhecido como sistema de alerta, conectando várias regiões envolvidas