Jogos e brincadeiras
O brinquedo (como disse Gorki) é realmente o caminho pelo qual as crianças compreendem o mundo em que vivem são chamadas a mudar. (Leontiev, 1998)
O brincar faz parte do cotidiano das crianças em qualquer circunstância, quer em casa, na rua ou na escola.
O brincar é reconhecido amplamente como uma atividade importante para o desenvolvimento infantil. De acordo com Daut, Sperb e Gomes (1992), a criança percebe o brincar como processo e não como produto. Além de estratégia básica para o desenvolvimento, a criança, enquanto brinca, está liberando sua capacidade criativa, libera suas fantasias, explora seus próprios limites e está nutrindo sua vida interior. Geralmente, neste jogo interpessoal, na interação com o outro, ocorre aprendizagem, aquisição de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades de forma agradável e prazerosa. Nylse Cunha alerta que quando a criança brinca com outra pessoa ela pode receber estímulos e críticas, aprender a esperar sua vez e interagir de forma organizada, respeitando regras e cumprindo normas.
Os jogos de faz-de-conta, ricos em fantasias imaginativas, em especial no que diz respeito aos super-heróis, seres que apresentam interessantes características: bondade, sabedoria, coragem, força, solucionam qualquer problema, são líderes e guias para as pessoas e não recebem ordem de ninguém. Nunca se enganam, são estão sujeitos a dúvidas, frustrações ou fraquezas como a maioria das pessoas. São aprovados e reconhecidos pelos adultos e todos querem ser seus amigos (Kaostelnick,. 1986).
Cunha (1994) afirma que é brincando que a criança mergulha na vida, podendo ajustar-se às expectativas sociais e familiares. Não podemos esquecer que a auto-estima pode modificar-se significativamente, ser fortalecida e através de experiências emocionais/cognitivas que o brincar oferece, e, assim, as crianças podem se beneficiar em seu crescimento pessoal. A auto-estima, uma das forças motrizes do desenvolvimento