JOANICE 2015
O presente trabalho tem como objetivo, tratar sobre a reflexão entre “Os Estudos Culturais e a Estética dos Escravocratas” que servirá como suporte para a associação entre teoria e realidade, bem como para reflexões a respeito das hierarquizações. Num mundo marcado por guerras e conflitos que advêm de distinções de religião, etnia, cor, classe, territorialidade, etc. é uma necessidade se ter uma compreensão dos dilemas relacionados à diversidade para fins de sua gradual superação.
Os Estudos Culturais é uma disciplina que procura investigar a multiplicidade vigente no interior de cada cultura e nas relações interculturais, ricas e diversificadas. Suas pesquisas revelam também o quanto estes elos entre diferentes culturas estão permeados por vínculos de poder e hierarquização. A disciplina é caracterizada especificamente por sua natureza interdisciplinar e por sua transitoriedade, aliás, uma qualidade já implícita no próprio nome desta disciplina – estudos -, que remete a algo em constante transformação. Como ela se destina a questionar interações que se baseiam no poder e na autoridade, é fundamental que ela mesma não se constitua de verdades absolutas e dogmáticas.
Assim, estes estudos destacam igualmente a elaboração de significados culturais e sua disseminação nas sociedades contemporâneas. Relações de dominação e soberania marcam este processo de produção sociocultural, características estas amplamente questionadas por este campo de investigação, que assume claramente a defesa dos grupos que não têm acesso aos meios de produção da cultura.
A Sociedade sempre viveu numa divisão de classe e opiniões. A linguagem, ou seja, a fala é um dos fatores essencial para o desenvolvimento dominante de cada classe, é ela que difere o ser humano dos demais, pois a partir do seu intelecto, exerce os maiores níveis de sua dominação. Segundo Marcos Bagno, no livro Preconceito Linguístico no mito nº 4 “As pessoas sem instrução falam tudo errado”. Assim, a fala