jk sua carreira
Com um plano de metas – o Plano Nacional de Desenvolvimento – debaixo do braço, Juscelino abriu estradas e estimulou a indústria automobilística. Sobre ele, comenta o jornalista de política de O Estado de S. Paulo, Gabriel Manzano: “cravaram em JK o carimbo de “desenvolvimentista”, mas ele foi mais que isso. Num país traumatizado pelo suicídio de Getúlio, mudou a agenda, “criou a moda” de se olhar para frente na administração do país – e olhar com otimismo. Não era só slogan. Ainda candidato, ele reuniu técnicos e montou um projeto nacional, resumido no célebre “50 anos em 5”, comentou para o Opinião e Notícia. “Ao tirar a capital do Rio de Janeiro, apesar da duvidosa escolha que fez com Brasília, abriu caminho para uma nova identificação nacional. Era elegante, simpático, acessível, adorava dançar, vivia sorrindo e perdoando seus críticos – tudo que o país precisava depois da tragédia de Getúlio”.
Manzano ressalta, no entanto, que o legado de Kubitschek foi marcado também por omissões e erros graves. “JK era tão amigo de seus amigos que, muitas vezes, deixava de lado o rigor da lei. Não mexeu com a corrupção, que foi gigantesca na construção de Brasília. Ao optar por uma capital no fundão de Goiás, trocou um problema por outro, distanciando o povo do poder e poupando os políticos da pressão das ruas. E foi em seus cinco anos que a inflação encorpou, para alimentar seguidas crises e infernizar o país até a vinda do Plano Real, 35 anos depois”, ensina.
Com a ditadura, Juscelino teve seus direitos políticos cassados. Foi exilado, e