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Comparação da riqueza de cupins (Isoptera) entre uma área sob manejo florestal e floresta preservada na Amazônia central
Murilo Rodrigues, Alison Gainsbury, Agustín Camacho & Dilermando Lima Júnior

1. Introdução
Até 20% das espécies de plantas e uma proporção ainda maior de animais podem ser encontradas em 0,5% da superfície terrestre
(Myers 1999). Particularmente, a floresta tropical úmida ocupa apenas cerca de 7% da superfície da Terra, mas estima-se que contenham 50% do total de espécies (Primack & Rodrigues 2001).
Um dos problemas mais preocupantes da atualidade é a perda de habitat devido ãs mudanças do sistema de uso da terra em ecossistemas tropicais. Durante a remoção de madeira, mudanças microclimáticas também ocorrem promovidas pelo corte seletivo, por meio do aumento dos ventos e temperatura, causando dessecação do solo (Bandeira 1979). O efeito da fragmentação de habitats gera clareiras na floresta, que provocam variações ambientais que influenciam a floresta em sua totalidade.
A floresta amazônica possui grande diversidade de espécies vegetais, com a maior área de floresta existente no Brasil. Além disso, sua fauna é bastante rica e diversificada, sendo as formigas e os cupins os maiores grupos presentes em termos de biomassa. Os cupins têm distribuição geográfica ampla, em todas as regiões quentes do planeta (Harris 1961).
Formam um importante grupo para as florestas,

Abe 1979) e interações com outros organismos
(De Souza 1988).
A arquitetura da floresta é importante para o sucesso dos cupins, provendo importante material para formação de ninhos, tais como troncos de

árvores

em

decomposição

ou

barrando as fortes chuvas. Em decorrência desta arquitetura complexa

da

floresta

a

classe

Isoptera tem ampla abundância e distribuição, compondo-se de um excelente objeto de estudo na região amazônica.
Tendo em vista a questão da exploração comercial de madeira na região amazônica,