jesus
Segundo Aslan, que leciona História das Religiões na Universidade da Califórnia, Jesus, tal como outros, envolveu-se "na agitação religiosa e política da Palestina do século I", e "tem poucas semelhanças com a imagem do pastor pacífico cultivada pela comunidade cristã primitiva".
"Porque é que os autores dos evangelhos se esforçaram tanto por moderar a natureza revolucionária da mensagem e do movimento de Jesus", questiona-se Aslan, nesta obra editada pela Quetzal.
"Há apenas dois factos históricos sólidos acerca de Jesus de Nazaré: que foi judeu e liderou um movimento popular judaico na Palestina, no início do século I, e que Roma o crucifixou", por o ter feito, atesta Aslan.
Para o autor norte-americano de ascendência persa, Jesus de Nazaré terá liderado um movimento em tudo análogo a outros do seu tempo, que visavam o derrube do domínio de Roma sobre aqueles territórios, como foi o dos Zelotas, os liderados por Simão, filho de Giora, por Simão, filho de Kokba, ou por Judas, o Galileu, sendo que "a imagem que emerge da Palestina do século I é dum tempo carregado de energia messiânica".
A mais antiga referência não bíblica a Jesus é do historiador judeu Flávio Josefo, no século I, que escreveu que um sumo sacerdote, Anás, condenou ilegalmente à morte "Tiago, irmão de Jesus, aquele a quem chamam messias", cita Reza Aslan, autor de "O Zelota -- a vida de Jesus da