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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

O ser humano é um ser de relações, que foi se constituindo na história como um ser situado, capaz de interagir com seu meio em nível social, político, econômico, cultural e ecológico, dotado de inteligência e construidor de signos que elucidam seu caráter comunicativo, fazendo a mediação entre o exterior e sua interioridade; como ser aberto à transcendência, foi se constituindo como ser que busca conhecer, investigar a realidade e suas nuances dentro do espaço e tempo, no tocante à vida, à natureza, a origem do universo e sua posição diante do cosmo. Enfim, é nesse contexto de relações, que remete à imagem do ser humano presente e atuante na história, que nasce a Filosofia e se desenvolve o pensar filosófico assumindo características de determinadas épocas, originando ao mesmo tempo, escolas ou sistemas filosóficos dos mais variados.
Ao analisarmos a história do pensamento filosófico, percebemos que muitas especulações surgiram em torno da origem e da “funcionalidade” da filosofia, sobre a importância e o objeto de estudo da mesma, e sobre suas respostas aos mais variados problemas que o progresso da civilização trouxe no decorrer dos séculos, desde os gregos até a contemporaneidade. Talvez a filosofia não encontre sua gênese nos gregos, mas entre os povos do Oriente que possuíam uma forma de “sabedoria” baseada em convicções religiosas, mitos teológicos e cosmogônicos, pois há muitas divagações nesse aspecto; no entanto, foram os gregos que a qualificaram, que deram um caráter de ciência filosófica orientada na razão (logos), que definiram seu conteúdo, método e objetivo. Foi sob o impulso dos gregos, afirma Reale (1990, p. 11), que “... a civilização ocidental tomou direção completamente diferente da Oriental...”.
A filosofia, numa alusão de reflexão mais precisa consolidada com os gregos, é resultado da experiência do “ser-humano” no contato com a arte, com os mitos e poemas de Hesíodo e Homero que explicavam a