Jean Jacques Rousseau
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) nasceu em Genebra, no dia vinte e oito de junho. Ele teve grandes influências de Paris e da França, mas se orgulhava de sua origem genebrina e de ser um cidadão dessa cidade. Os antepassados de Rousseau eram de origem francesa. A família de Jean-Jacques era de relojoeiros. Possuíam pequena fortuna e eram pequenos burgueses. O pai de Rousseau, Isaac, era despreocupado e instável, e um pouco agressivo. Foi para Constantinopla, mas sua mulher, Suzanne, pediu para que voltasse. Jean foi concebido nessa época. Sua mãe morreu no parto.
Suzanne era de uma família mais importante que a de Isaac. Rousseau fala dela com emoção. Ela desenhava, cantava e lia. Foi de sua coleção de romances que Jean tirou a primeira parte de sua educação. Ele e o pai ficavam horas lendo depois da ceia. Depois de esgotado o acervo, passaram a ler a biblioteca do avô, onde encontraram livros de leitura complexa: História da Igreja e do Império, de Le Suer; Discurso Sobre a História Universal, de Bossuet; Homens Ilustres, de Plutarco; Metamorfoses, de Ovídio; Os Mundos, de Fontenelle; e algumas peças de Molière. Rousseau gostou da literatura romana.
Isaac Rousseau teve um desentendimento com um capitão francês. Brigando com ele, foi preso, mas preferiu abandonar Genebra, em 1722. Isso tornou Rousseau quase órfão. Ficou sob a tutela de um tio por parte da mãe, Bernard. Isaac tinha muitos irmãos.
Jean morou em Bossey por dois anos. Gostava da vida campestre e dos brinquedos. Ficou na casa de um pastor, ministro Lambercier. Bossey perdeu o encanto e Bernard o tirou daquela casa. Rousseau diz nas Confissões, autobiografia escrita no fim da vida, que passou dois ou três anos na casa do tio sem ocupação precisa. Relata os primeiros amores de forma fantasiosa. Com doze anos foi para Genebra. Empregaram-no como menino de recados. O tabelião dispensou-o do trabalho por achá-lo preguiçoso e idiota. Depois foi aprendiz de gravador. Por