Jean filosofia
Jean Jacques Rousseau nasceu em Genebra, no dia 28 de junho de 1712. Era um autodidata e sua educação deveu-se muito mais aos livros que ele lia do que às pessoas que cuidavam dele. Aos 16 anos fugiu de casa, dando início assim à sua vida nômade. Em 1741, após uma desilusão amorosa com sua protetora, foi tentar a sorte no grande centro cultural da época: Paris.
Na capital, Rousseau sobrevivia pela música: inicialmente ele dava aulas de música e, mais tarde, exercia o ofício de copista de partituras musicais. E foi em meio a toda essa dificuldade que Rousseau, após conhecer os intelectuais franceses, surgiu como escritor célebre: em 1749 seu amigo Diderot convidou-o para escrever os verbetes sobre música na Enciclopédia, mas a fama propriamente dita viria no ano seguinte com a publicação do seu Discurso sobre as ciências e as artes. Dando seqüência à sua série de clássicos, ele escreveu os livros Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens (1755), Do contrato social (1762) e Emílio (1762), sendo esta última considerada por alguns comentaristas a melhor de suas obras.
Rousseau era um iluminista “subversivo”: enquanto os outros (entre eles Voltaire) acreditavam que a sociedade progredia com o avanço da razão, Rousseau acreditava justamente o contrário, ou seja, que a razão era responsável pela decadência da sociedade. Enquanto os outros depositavam suas esperanças na sociedade como um todo, Rousseau acreditava que a salvação estava no indivíduo. É por esse motivo que Rousseau não condenava a religião como faziam os demais iluministas franceses, o que estava escandalosamente em desacordo com o espírito iluminista. Andando solitário na contramão do pensamento francês do século XVIII, Rousseau defendia uma religião civil para a sociedade (Do contrato social) e uma religião subjetiva para o indivíduo (Emílio). No entanto, deve-se lembrar que a religião de Rousseau não tinha nada a ver com o cristianismo