Jardim Inglês
Em oposição a tanta rigidez, em meados do século 18, paisagistas ingleses começaram a propor formas orgânicas e naturais ao jardim inglês. Em pouco tempo o estilo inglês estava consolidado. O arquiteto paisagista britânico Lancelot Brown (1715-1783), apelidado de Capability Brown, é considerado o pai desta técnica e assinou centenas de áreas verdes pela Europa, dentre elas, os famosos Jardins Botânicos Reais de Kew, localizados em Londres, na Inglaterra.
Pedrinha Parisi, arquiteta paisagista, da capital paulista, afirma que o novo perfil possuía uma concepção mais livre, com aparência de que a área verde tinha surgido inteiramente por acaso, no entanto, nem por isso deixava de ser cuidadosamente planejada. "A natureza deveria ser moldada de acordo com o objetivo do profissional responsável pela obra, assim como um quadro, inclusive com estudos de efeitos de luz e sombra."
Isento de formas geométricas e plantas topiadas, o jardim inglês valoriza a paisagem de linhas curvas, tanto do relevo como dos caminhos, que precisam ser sinuosos.
Uma característica marcante do jardim inglês é o mix de formatos, cores e texturas, com canteiros preenchidos por muitos arbustos e herbáceas que não obedecem a uma ordem, mas existe uma volumetria caprichada. Estes conjuntos necessitam parecer embutidos no cenário, como se sempre estivessem ali. Já as forrações floríferas têm o papel de compor maciços orgânicos em meio ao gramado, preferencialmente, usando-se mais de uma espécie sem a preocupação de combinar as cores e texturas. Também faz parte da concepção erguer colinas e escavar vales.
No jardim inglês, é fundamental planejar gramados extensos e não totalmente planos, cujas ondulações podem ser enriquecidas com