Japoneses Na Ilha De Santa Catarina No Hellip
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Japoneses na Ilha de Santa Catarina no século XXO periódico, O Estado de São Paulo, em seu caderno Cultural nº323 de 23/08/86, publicou um artigo escrito por L. A. Nogueira Porto, estudioso da História do Brasil, e ex-embaixador do Brasil na Bulgária e em Israel, sob o título "OS PRIMEIROS JAPONESES NO BRASIL".
Naquele estudo dizia L. A. Nogueira Porto que os primeiros orientais que se apresentaram em nosso País não foram aqueles que há cinqüenta anos se radicaram em São Paulo. Baseava-se em relato do senhor Rokuro Kowya, proclado na ocasião em que de comemorava o cinqüentenário dos japoneses em São Paulo, e afirma que os primeiros orientais que estiveram no Brasil foram em visita à vila de Nossa Senhora do Desterro, tendo aí chegado em 18 de dezembro de 1803, permanecendo até o final de fevereiro de 1804.
Diz mais o autor, que o processo sobre a ocorrência daquela viagem foi conservado nos Arquivos, constando de 13 cadernos manuscritos, do SHOGUNATO e continua:
"A História Singular" conta que na era de Kansei, os anos que medeiam de 1789 a 1800, do Shogunato Tokugawa, um barco de pesca japonês naufragou nas costas da Sibéria e a tripulação foi internada. Os náufragos foram levados para Irkutsk, onde permaneceram por vários anos, e dali para Moscou.
Por esse tempo os russos demonstravam desejo de estabelecer relações com o Japão e para tanto o conhecimento da língua lhes parecia condição indispensável; o propósito de aprendê-la com os náufragos explica por que foram retidos por tão longo tempo antes de ser repatriados.
O governo do Czar Alexandre I, via também, na oportunidade dessa repatriação, momento propício para entabular relações com o Japão, que permanecia de portas fechadas para o mundo. Surgia com ela ensejo de mandar uma embaixada à corte do Shogun, levando os pescadores, mas munida de valiosos presentes e credenciada para apresentar propostas de convívio pacifico e de comércio.
Para isso foi emparelhado o "Nadejda” da frota do Báltico, comandado