Jacó em Betel
Capítulo 28
Neste capítulo começa o exílio de Jacó, para escapar do furor de Esaú e ao mesmo tempo procurar para si uma esposa entre os familiares de seus pais em Padã-Arã (planície de Arã), obedecendo aos desejos deles.
Ao despedi-lo, Isaque ordena a Jacó "não tomarás esposa dentre as filhas de Canaã": Canaã estava debaixo da maldição de Noé e, assim como o próprio Isaque, era necessário que Jacó mantivesse sua linhagem puramente semita. Isaque então mandou Jacó ir até a casa do seu avô, pai de Rebeca, em Padã-Arã (de onde veio Rebeca), e tomar como esposa uma das suas primas, filhas de seu tio Labão.
Apesar de ter sido logrado por Jacó, Isaque também finalmente compreendeu que era através dele que seria cumprida a promessa do SENHOR a Abraão. Por isso ele rogou que Deus-Todo-Poderoso concedesse a Jacó a bênção de Abraão.
Então Jacó (aos 75 anos) partiu para percorrer os 800 quilômetros até a casa do seu avô.
Esaú, por sua vez, tomando conhecimento de tudo isso, e sabendo que seu pai não aprovava as duas esposas que já tinha, chegou à conclusão que também deveria tomar uma esposa para si que não fosse cananeia: foi então à casa do seu tio Ismael (que havia morrido uns 14 anos antes), e casou-se com sua prima Maalate (também chamada Basemate - capítulo 36:3).
Ela era irmã de Nebaiote, príncipe ismaelita cuja descendência formou uma nação (Isaías 60:7). Ismael, filho de Hagar, a serva egípcia de Sara, havia se casado com uma egípcia (capítulo 22:21). Os egípcios eram camitas da linha de Cuxe, irmão de Canaã (capítulo 10:6-14).
Tendo percorrido uns cem quilômetros da sua viagem, Jacó deitou-se, exausto, no chão e usou uma pedra como travesseiro para dormir. Próximo dali Abraão havia oferecido um dos seus primeiros sacrifícios a Deus quando chegara a Canaã, e outro ao voltar do Egito (capítulos 12:8, 13:4). Havia uma pequena cidade ali chamada Luz (amendoeira).
Jacó sonhou que viu uma escadaria até o céu, pela qual subiam e