jacarezinho
Em uma entrevista com Ana Mercês Bahia Bock, cuja mesma presidiu o Conselho Federal de Psicologia (CFP) por três gestões, professora e Doutora em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, entre outras atuações no meio da profissão, Iracema Neno Cecílio Tada e Edla Grisard de Andrade fizeram questionamentos fundamentados na História da Psicologia e seu desenvolvimento no Brasil a fim de obter um conhecimento amplo de objetos de estudo e aplicação de desse compromisso teórico e crítico com a técnica no país.
Os questionamentos mostram o que nos últimos 30 anos a psicologia sofreu reajustes para sua melhoria e reconhecimento como profissão e ainda retrata as contradições geradas através de seu envolvimento da política.
A implantação e novos conceitos, o aprimoramento de outros já existentes fizeram-se necessários com o passar dos anos.
A psicologia que ainda não era regulamentada no Brasil como profissão, com a Lei nº 4.119, de 27 de Agosto de 1962 traz a psicologia a legalização e reconhecimento oficial de uma profissão, porém ainda há controvérsias, pois a lei era uma surpresa para os psicólogos que não haviam sido questionados até então, e com isso gera o desconforto e insatisfação, desta forma criando-se emendas e modificando quase todo o projeto de lei.
Um fator importante para o trajeto de desenvolvimento da psicologia foi a ditadura e sua contradição, pois com o querer de calar a sociedade acabam gerando pensamentos críticos nos cursos de psicologia, ao ponto de colocá-los a se questionar de que lado estavam.
Ana Bock relata, ainda, que a ditadura abre à outros países a possibilidade de crescimento de seus monopólios, com isso comerciantes brasileiros da classe social média começam a perder oportunidades, logo vindo a falência. Mas os políticos entendiam que era fundamental o apoio dessa classe para manter a ditadura, dessa forma tentam compensar a retirada desse status de classe média com a