IV GRITO DO SEMIÁRIDO
Cerca de 4 mil pessoas participaram do quarto Grito do Semiárido promovido por entidades populares como Caritas, CPT (Comissão Pastoral do Brasil) e Instituto ComRádio do Brasil nas ruas ruas de São Raimundo Nonato contra a implantação de mineradoras na região onde moram trabalhadores da agricultura familiar e comunidades quilombolas.
A manifestação começou na Avenida dos Estudantes, na manhã desta sexta-feira (17). Hidelbrando Pires, coordenador da Casa Diocesano de São Raimundo Nonato, afirmou que o grito desse ano é para chamar atenção de alguns quadros que não foram atendidos e continuam sem resposta por parte do poder público, como a intensa atividade de pesquisa mineral, sem informação necessária as famílias; a atividade de lavra sem determinação legal; registros de 100 processos de pesquisas em São Raimundo Nonato, sendo apenas uma possui solicitação de licença para exploração de manganês, sem que as comunidades tenham qualquer tipo de informação, realização de pesquisa e solicitação de extração dentro da área do corredor ecológico entre os parques nacionais Serra da Capivara e Serra das Confusões.
No povoado Lagoa Nova, no município de Várzea Grande, na região da grande São Raimundo Nonato, uma empresa de Minas Gerais, está colocando em funcionamento 32 pontos de carvoarias e desmatando grande área em uma região ocupada por comunidades quilombolas.
“Nós estamos reagindo por que a mineração destrói as terras, expulsa os moradores da região para ir morar nas periferias da cidades e não ganham nada em troca. A nossa vida foi trabalhar na agricultura familiar e queremos continuar assim”, declarou Cláudio Teófilo Marques, presidente da Associação Territorial dos Quilombolas, que tem 119 comunidades e 1.500 famílias entre os municípios de São Raimundo Nonato, São Lourença, Dirceu Arcoverde, Fartura, Várzea Grande e Bonfim.
O presidente da Associação dos