Item 7 Taxa De Juros E Credito Influncia Na Economia Real
RESUMO: A Conferência Nacional do Comércio, CNC, reduziu no dia 13/03 à expectativa de crescimento do comercio varejista para 1% em 2015. No mês anterior a CNC esperava um aumento de 1,7%.
Fábio Bentes, economista da entidade, acredita que o crescimento do comércio em janeiro de 0,8% divulgado pelo IBGE fez com a diferença na hora da CNC rever os dados. Bentes afirma ainda que 2014 registrou o pior resultado anual do comércio varejista.
Para a confederação vários fatores influenciam no crescimento pouco expressivo do comércio varejista, entre eles a desaceleração do mercado de trabalho, as altas taxas de juros ao consumidor, acima de 52% ao ano, o comprometimento do orçamento das famílias após os vários reajustes propostos pelo governo, etc.
Bentes afirma ainda que de acordo com previsões do mercado a taxa Selic deve ser corrigida para cima, deixando o crédito ainda mais caro.
O aumento de 0,6% nas vendas do comércio em janeiro é a pior desde 2003, quando houve um recuo do varejo em 4,5%. Outro fator complicador para 2015 é a alta da energia elétrica, que acarreta aumento no preço final repassado ao consumidor e a baixa confiança da população em relação à economia. Para o economista, neste semestre será difícil aumentar o consumo.
Bentes afirmou ainda que o setor automotivo será um dos mais afetados com o encarecimento do crédito. Como são bens de consumo duráveis onde é necessário um valor alto para a aquisição os financiamentos muitas vezes são necessários. Com o crédito mais alto fica difícil vender a carros no Brasil hoje. Bentes acredita em uma redução de pelo menos 15% das vendas. O reflexo na baixa das vendas já apareceu na indústria automobilística, onde postos de trabalho já foram fechados.
REFERÊNCIAL TEÓRICO:
FONTE: http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/03/cnc-reduz-para-1-previsao-de-crescimento-do-comercio-em-2015.html