Isolda em terapia num enfoque fenomenológico existencial
Rafaela Barbosa Belém Martins
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE ¹
Laureate International Universities
O presente ensaio cientifico retrata o atendimento psicológico em uma clinica-escola, com a abordagem Psicologia Fenomenológica-Existencial, mostrando a experiência de atender um cliente pela primeira vez, o desenvolvimento das sessões e a recepção das intervenções pela parte do cliente.
O estágio curricular em Psicologia foi realizado na clinica-escola Serviço de Psicologia Aplicada do Uninorte, onde no ultimo ano de graduação - tendo que escolher entre fazer estágio em Psicologia Organizacional ou Psicologia e Processos clínicos, optei pelo ultimo - adentrei através de processo seletivo. A expectativa era grande, pois iria começar a atender pessoas, mexer com o sofrimento psíquico de outrem, exercer neutralidade quanto a isso e saber o que era de fato, ser psicólogo. A abordagem de atendimento que escolhi foi a fenomenologia-existencial, seguindo pelas teorias de Heidegger e Husserl. Minha primeira cliente foi Isolda, que chegou duas horas antes do horário marcado, me deixando mais ansiosa por saber o motivo de aparentemente tanta ansiedade. Como era o primeiro contato, foi realizada a triagem.
Isolda possuía 21 anos, filha primogênita de duas filhas, morava com os pais, era evangélica, solteira, fazia faculdade de odontologia, possuía uma renda familiar de mais ou menos 10 salários mínimos por mês. Em seu exame do estado mental observei dados referentes a apresentação, afetividade, pensamento, senso-percepção, orientação, atenção, memória e motricidade da mesma. Esse exame é, segundo Dalgalarrondo (2008), realizado com cuidado e minúcia pelo entrevistador desde o inicio da entrevista até a fase final, quando serão realizadas outras constatações. Lamgruber (1997) complementa que nesse exame, as anotações deverão ser feitas de forma que alguém de fora da área “Psi” possa compreendê-las, não se