Irrigação
MÉTODOS E MANEJO DA IRRIGAÇÃO
CENTRO DE ECOFISIOLOGIA E BIOFÍSICA
INSTITUTO AGRONÔMICO
Contrato FUNDAG – FEHIDRO
CBH-PCJ-107/99
Apoio – PRONAF
NOVEMBRO - 1999
MÉTODOS E MANEJO DA IRRIGAÇÃO
Regina C. de M. Pires[1], Emílio Sakai1, Flávio B. Arruda1, Mamor Fujiwara1, Rinaldo de O. Calheiros1
1. INTRODUÇÃO A história da irrigação se confunde com a do desenvolvimento e prosperidade das civilizações. Essa técnica de produção de alimentos já era utilizada a mais de 4.000 anos e hoje, aproximadamente 17% da agricultura praticada no globo é irrigada, no entanto, essa pequena parcela contribui com 40% do total produzido. A água é o fator limitante para o desenvolvimento agrícola, sendo que sua falta ou excesso afetam fundamentalmente o desenvolvimento, a sanidade e a produção das plantas. Conforme relatado por Caruso (1998) a água doce própria para consumo humano e produção de alimentos não passa de 1% do total de água líquida encontrada no globo terrestre (97% é água salgada e 2% gelo). Atualmente a atividade agrícola utiliza mais de 70% do volume de água doce consumida no mundo, dessa forma, observa-se a grande necessidade do uso racional da água para produção de alimentos diante de uma população mundial crescente. A irrigação é uma prática agrícola que visa principalmente atender as necessidades hídricas das culturas no momento adequado. Por ser uma prática cara, além da aplicação de água, a irrigação deve ser utilizada em todo seu potencial, como para a aplicação de fertilizantes e defensivos agrícolas, prevenção de geadas e controle de temperatura. Baseada na viabilidade técnica e econômica pode-se dispor de um ou outro método de aplicação de água à planta. O adequado manejo das irrigações tem por objetivo maximizar a produção agrícola racionalizando o uso de mão-de-obra, energia e água, evitando a ocorrência de problemas