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O rim é um órgão notável, com um conjunto diversificado de funções, para manter a homeostasia corpórea. Nos mamíferos os dois rins recebem aproximadamente 25% do débito cardíaco. O rim não só deve filtrar esse sangue para excretar os resíduos metabólicos como também deve recuperar as substâncias filtradas requeridas pelo organismo, incluindo proteínas de baixo peso molecular, água e uma série de eletrólitos.
Além disso, a produção e a liberação de hormônios pelo rim desempenham papel vital no controle da pressão arterial sistêmica e na produção de glóbulos vermelhos
(CUNNINGHAM, 1997).
Para ANDRADE (1997) cada rim é dividido em córtex (zona cortical), medula
(zona medular), e possui como unidade funcional o néfron que é dividido em glomérulo, cápsula de Bowman, túbulo contorcido proximal, túbulo contorcido distal, Alça de Henle e ducto coletor. Acompanhando os túbulos renais temos uma rede de capilares peritubulares, aparelho justaglomerular e vasos retos (FIGURA 1).
FIGURA 1: Estrutura do rim.
Fonte: MACIEL (2001), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.
ANDRADE (1997) relatou que os glomérulos são as primeiras barreiras que o sangue encontra a caminho dos túbulos renais, e são neles que ocorre um tipo especial de transporte através da membrana denominada diálise, onde há a separação das
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macromoléculas e micromoléculas. O líquido resultante dessa passagem para o segmento seguinte é conhecido como filtrado ou ultrafiltrado que é transformado em urina. A reabsorção tubular é a passagem do filtrado para a circulação. Os túbulos reabsorvem cerca de 99% do filtrado glomerular.
Segundo THOMSON (1990) a função renal pode ser resumida em cinco componentes básicos: formação de urina, com o objetivo de eliminar restos metabólicos; regulação ácido-básica, predominantemente através de recuperação do bicarbonato do filtrado glomerular; conservação da água através do mecanismo de contracorrente da Alça
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