Iracema
Historia
Cenário
Uma praça de uma vila da Calábria, província do extremo sul da Itália. A época é o final da década de 1860.
Toda a ação da ópera acontece entre três horas da tarde e meia noite de 15 de agosto, a Festa da Assunção da Virgem, celebrada com grandes festividades na Itália e em outros países católicos da Europa. Como parte da celebração, uma trupe provincial de atores ambulantes veio para a cidade para representar. Eles já tinham vindo aqui antes e os aldeões os conhecem.
Prólogo
Durante o Prelúdio, Tonio dá um passo adiante e se apresenta como "O Prólogo". Na tradição da arte da comédia, o Prólogo diz para o público não se preocupar se houver uma tragédia no palco, porque, apesar de tudo, é somente uma peça e não a vida real. Tonio, entretanto, nos traz uma mensagem muito diferente:
Senhoras e senhores! Na peça que estão prestes a assistir, o autor quer capturar as velhas tradições e mostrá-las novamente. Mas ele não pretende contar-lhes o que estão sempre acostumados a dizer. Não! Este autor que mostrar-lhes um verdadeiro pedaço de vida. A verdade foi sua inspiração. Verão o amor como o povo real ama. Verão os trágicos resultados do ódio e espasmos da dor real. Escutarão gritos de raiva real e risos cínicos.
Assim, não devem pensar em nosso pobres truques teatrais. Devem pensar em nossas almas, pois somos pessoas de carne e osso - e neste mundo solitário respiramos o mesmo ar que vocês.
Ato I
Os aldeões correm para a praça para receber os atores. Eles estão especialmente felizes em ver seu velho amigo Pagliaccio (Canio), o engraçado palhaço que sempre os faz rir quando anda com dificuldade ao redor do palco. Canio anuncia uma apresentação para as onze horas daquela noite, e promete-lhes sua comédia favorita. "Vocês verão como Pagliaccio comete tolices e se vinga," ele diz, "bem como o medo e o tremor de Tonio quando o enredo se complica."
Tonio tenta ajudar Nedda a descer de sua carruagem, mas Canio empurra-o violentamente.