IPV6
O Departamento de Defesa (DoD – Department of Defense) do governo estadunidense iniciou em 1966, através de sua Agencia de Pesquisas e de Projetos Avançados (ARPA – Advanced Research Projects Agency), um projeto para a interligação de computadores em centros militares e de pesquisa. Este sistema de comunicação e controle distribuído com fins militares recebeu o nome de ARPANET, tendo como principal objetivo teórico formar uma arquitetura de rede sólida e robusta que pudesse, mesmo com a queda de alguma estação, trabalhar com os computadores e ligações de comunicação restantes. Em 1969, são instalados os primeiros quatro nós dessa rede, localizados na Universidade de Los Angeles (UCLA), na Universidade da Califórnia em Santa Bárbara (UCSB), no Instituto de Pesquisas de Standford (SRI) e na Universidade de Utah.
No início, a ARPANET trabalhava com diversos protocolos de comunicação, com enfoque no NCP (Network Control Protocol). No entanto, no primeiro dia de janeiro de 1983, quando a rede atingiu a marca de 562 hosts, todas as máquinas da ARPANET passaram a adotar como padrão os protocolos TCP/IP. Essa mudança então, ocasionou o crescimento ordenado da rede a partir da eliminação das restrições feitas pelos protocolos anteriores.
O protocolo IP foi definido na RFC 791 para prover duas funções básicas: a fragmentação, que permite o envio de pacotes maiores que o limite de tráfego estabelecido num enlace, dividindo-os em partes menores; e o endereçamento, que permite identificar o destino e a origem dos pacotes a partir dos endereços armazenados no cabeçalho do protocolo. Sua versão de protocolo, utilizada desde aquela época até os dias atuais, é a 4, comummente referenciada com o nome do protocolo de IPv4. Apesar dessa versão se mostrar muito robusta, e de fácil implantação e interoperabilidade, seu projeto original não previu alguns aspectos como:
O crescimento das redes e um possível esgotamento dos endereços IP;
O aumento da tabela de