Início da profissionalização da enfermagem
O início da enfermagem no Brasil aconteceu para atender as necessidades dos doentes mentais dos hospitais psiquiátricos, onde os médicos tinham uma formação européia e sentiam falta de um cuidado de enfermagem aprimorado.
Os hospitais psiquiátricos do Brasil eram deficientes, já que o cuidado era feito pelas irmãs de caridade, que não tinham uma formação adequada que atendesse as necessidades dos enfermos. Como os médicos estudavam na Europa, quando eles chegavam aos hospitais brasileiros sentiam falta de um profissional de enfermagem que exercesse a sua tarefa com docilidade.
Assim, com a criação da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, no Hospício Nacional de Alienados, no Rio de Janeiro, inicia-se a profissionalização da enfermagem no nosso país, onde os primeiros professores foram os próprios médicos brasileiros, que estudaram e estagiaram nos grandes hospitais franceses.
O Decreto n. 791/1890, que criava a primeira escola de enfermagem no Brasil, abordava todos os aspectos relacionados ao curso: duração, carga horária, disciplinas, freqüência e conclusão. Assim, de acordo com o Decreto, o curso teria noções práticas de propedêutica clínica, noções gerais de anatomia, fisiologia, higiene hospitalar, curativos, pequena cirurgias, cuidados especiais, administração interna, escrituração do serviço sanitário e econômico das enfermeiras, aulas teóricas e práticas, o candidato teria que ter pelo menos 18 anos, saber escrever, e no final do curso receberia um diploma.
Assim, estava estruturado o primeiro curso de enfermagem no Brasil.
OUTRAS INICIATIVAS DE ENSINO DE ENFERMAGEM
Segundo Mott (2000), seguindo o caminho da profissionalização da enfermagem, várias escolas surgiram no Brasil: em 1896 a escola do Hospital Samaritano que foi a primeira a seguir o modelo de ensino Nightingale; em 1912 a Cruz Vermelha de São Paulo começa um curso de enfermagem; no Rio surgiram dois cursos implantados pela