Investigação nas relações públicas
Lisboa, 6 de Dezembro de 2011 Introdução: Evolução da Investigação na prática das Relações Públicas
O estado de maturação de qualquer área de conhecimento pode ser medido pela relevância que a Investigação tem no âmbito da mesma. A afirmação das Relações Públicas enquanto disciplina não escapou a esta paradigma e o seu desenvolvimento, ao longo do século 20, esteve ligado à maior preponderância que a pesquisa, a medição e a avaliação de resultados foram conquistando na prática das Relações Públicas. Este mudança foi um passo natural que visou acompanhar as exigências crescentes da profissão, que, gradualmente, se foi distanciando da era do “press agentry” e da intervenção limitada às relações com os meios de comunicação, chamando a si novas funções. Stacks e Michaelson (2010) descrevem a evolução da Investigação nas Relações Públicas ao longo do século 20, assinalando a sua origem formal nos anos 50, quando a Hill & Knowlton adquiriu uma empresa chamada Group Attitudes Corporation, que funcionava como uma subsidiária que efectuava trabalho de pesquisa para diversos clientes da agência mãe, como o Tobbaco Institute por exemplo. Este trabalho de pesquisa visava essencialmente a compilação de relatórios que estudavam os efeitos das mensagens e campanhas realizadas para os clientes nos públicos. Ferramentas e métodos semelhantes tinham já sido adoptados há já alguns anos pela maioria das agências de publicidade, o que demonstra o atraso evidente das Relações Públicas no que concerne à Investigação e à legitimação da sua intervenção. Nos cerca de 25 anos que se seguiram as maiores agências de Relações Públicas como a Burson-Marsteller, a Weber Shandwick ou a Ogilvy Public Relations criaram os seus próprios departamentos de investigação, com características e propósitos em tudo idênticos aos da Group Attitudes Corporation. Contudo, com o passar dos anos, e com a evolução da gestão das Relações Públicas