Invasões Holandesas.
Antecedentes
Guerra Luso-Neerlandesa
O conflito iniciou-se no contexto da chamada Dinastia Filipina (União Ibérica, no Brasil), período entre 1580 e 1640, quando Portugal e suas colônias estiveram inscritos entre os domínios da Coroa da Espanha.
À época, os holandeses lutavam pela sua emancipação do domínio espanhol, vindo a ser proclamada, em 1581, a República das Províncias Unidas, com sede em Amsterdã, separando-se da Espanha.
Uma das medidas adotadas por Filipe II de Espanha em represália, foi a proibição do comércio espanhol com os seus portos, o que afetava diretamente o comércio do açúcar do Brasil, onde os holandeses eram tradicionais investidores na agro-manufatura açucareira e onde possuíam pesadas inversões de capital.
Diante dessa restrição, os holandeses voltaram-se para o comércio no Oceano Índico, vindo a constituir a Companhia Holandesa das Índias Orientais (1602), que passava a ter o monopólio do comércio oriental, o que garantia a lucratividade da empresa.
O sucesso dessa experiência levou à fundação da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (1621), a quem os Estados Gerais (seu órgão político supremo) concederam o monopólio do tráfico e do comércio de escravos, por vinte e quatro anos, na América e na África. O maior objetivo da nova Companhia, entretanto, era retomar o comércio do açúcar produzido na Região Nordeste do Brasil. A expedição de Van Noort
Foi nesse contexto que ocorreu a expedição do almirante Olivier van Noort que, de passagem pela costa do Brasil, alguns autores apontam ter intentado uma invasão da baía de Guanabara.
A esquadra de Van Noort partiu de Roterdã, nos Países Baixos, a 13 de setembro de 1598, integrada por quatro navios e 248 homens.
Padecendo de escorbuto, a frota pediu permissão para