Introdução
Diversas organizações vêm buscando alternativas para ampliarem seu campo de atuação e manterem-se no mercado globalizado, repleto de novas demandas e expectativas. Desafio passa a ser a palavra de ordem para as organizações e, também, para a área de Gestão de
Pessoas ou de Recursos Humanos (RH)1, da qual se espera uma ampliação de atuação de seus processos, no sentido de aperfeiçoá-los e focá-los nos resultados organizacionais. No que tange ainda a RH, as organizações têm percebido que o seu grande diferencial competitivo não está concentrado em seu maquinário, em alta tecnologia ou em sua capacidade de expansão no mercado. As pessoas que as compõem passam a fazer toda a diferença e contribuem (ou não) para o alcance de seus objetivos estratégicos (ALMEIDA; TEIXEIRA;
MARTINELLI, 1993; COUTINHO, 2004; SARSUR, 1997).
Essa importância das pessoas também é realçada por Fischer (1991), quando chama atenção para o impasse político que permeia a busca das organizações em se modernizarem. Tal impasse se caracteriza, de um lado, pela recusa por parte da organização em rever os parâmetros que norteiam a relação capital e trabalho em seu contexto e, de outro lado, pela falta de percepção de que a alavanca do seu desenvolvimento está apoiada no desenvolvimento dos seus recursos humanos. Também Gutierrez (1991) reforça que as pessoas são o grande diferencial competitivo, afirmando que a organização é uma construção humana composta por atores organizacionais, com valores próprios e que, por conseguinte, atuam de acordo com a leitura que fazem do ambiente no qual