Introdução

A LINGUAGEM DA FILOSOFIA
Se você não ler nós Lemos!

Luís Carlos Lemos da Silva[1]

O objetivo desse texto é analisar algumas palavras que são próprias do mundo da Filosofia. Para tanto, vamos partir da seguinte frase: “Toda ciência possui um corpo técnico, isto é, uma linguagem própria”. (MICHEL FOUCAULT, 2004). Para o filósofo francês a Filosofia, como qualquer outra ciência, possui uma linguagem própria e familiarizar-se com seus termos, penso, torna o processo ensino-aprendizagem mais fácil e atraente. No campo filosófico busca-se o sentido da palavra e não apenas o significado, a terminologia. O sentido repousa sobre o campo filosófico, enquanto o significado no campo lingüístico. Se quero o significado da palavra encontro-o nos dicionários, que cumprem bem este papel, mais se busco o sentido da palavra encontra-o no processo dialético entre o sujeito que pensa e a realidade que pode ser pensada. Quer um exemplo? Ao longo da historia do pensamento humano, seja na Filosofia, na ciência positiva ou na teologia, o ser humano sempre encontrou dificuldades, em sua jornada existencial mais esclarecida, para dar sentido àquilo que desconhece. O desconhecido aqui significa exatamente o que não conheço (o nada) em oposição aquilo que existe (o ser). O nada ou o ainda não conhecido existe enquanto possibilidades do vir-a-ser, pois, segundo Aristóteles “Todos os homens tem, por natureza, o desejo de conhecer”, ou, “Tudo quanto há na realidade existe em ato e potencia”. Sobre aquilo que ainda não é conhecido (o nada) Sócrates, filósofo grego, disse certa vez, “Só sei que nada sei”, para justificar que o que ele sabia era muito pouco em relação aquilo que ele desconhecia. Descartes, seguindo esta mesma ideia, afirmou: “O que conhecemos é uma gota, o que desconhecemos é um oceano”. Albert Einstein, levando ao extremo as idéias de Sócrates e Descartes, concluiu: “Daria tudo aquilo que sei por aquilo que desconheço”. O que você