Introdução a LIBRAS

Aspectos gramaticais da LIBRAS
A LIBRAS tem gramática própria. Deve-se o reconhecimento das línguas de sinais, como línguas verdadeiras, ao lingüista William Stokoe, que, em 1960, comprovou que a língua de sinais atendia a todos os critérios lingüísticos de uma língua genuína.
Entre os componentes da LIBRAS, iniciaremos pelo alfabeto manual, com ele é possível soletrar 27 diferentes letras (contando também com o Ç, que é a configuração de mão da letra C com movimento trêmulo).
O alfabeto manual não é a língua de sinais. Ele possui uma função específica. Ele é utilizado para soletrar nomes próprios, siglas, elementos técnicos, palavras que ainda não possuem sinais correspondentes.
Cada país tem seu próprio alfabeto manual; somente Estados Unidos e o Canadá têm alfabetos iguais. Nos países britânicos, o alfabeto manual é realizado com as duas mãos. Há também o alfabeto para as pessoas surdo-cegas, mas nesse caso há a necessidade de pegar na mão do interlocutor para tatear o sinal.

Os parâmetros fonológicos que compõem a LIBRAS

A estrutura da língua de sinais é constituída a partir de parâmetros que se combinam. O lingüista William Stokoe apontou em, 1960, três principais parâmetros que constituem os sinais e os classificou: Configuração de mão (CM); ponto de articulação (PA) ou localização (L); e movimento (M). O morfema na língua de sinais é formado por fonemas encaixados com o conjunto de parâmetros e não carregam significados isoladamente. É como se fossem fonemas de LIBRAS, sendo os fonemas cada um dos parâmetros, que interligados formam um morfema com um sentido, que combinados configuram signos em LIBRAS. Desse modo, se organizam os modelos fonológicos e morfológicos dos sinais. As configurações de mão não se restringem às configurações do alfabeto manual, e hoje são descritas 62 diferentes configurações que permitem a comunicação em LIBRAS. São formas de configurar as mãos para representar diferentes sinais. Uma mesma configuração de mão