Introdução gestalt terapia
RODRIGUES, H. E. Introdução à gestalt-terapia: conversando sobre os fundamentos da abordagem gestáltica. Petrópolis: Vozes, 2000
INTRODUÇÃO À GESTALT-TERAPIA
O método conhecido na filosofia como “fenomenologia”, é o modelo sobre a qual se baseia a atitude psicoterápica da Gestalt-Terapia.
É importante ressaltar que uma comparação entre modelos psicoterápicos é algo que pode gerar muitos enganos. A “Gestalt-terapia”, ou “Psicanálise” ou “Behaviorismo”, ou outras abordagens quaisquer, literalmente não existem, não tem concretude que permitam uma comparação. São todas construções teóricas. O que existe de concreto é a prática de cada profissional, em cada abordagem. A relação terapêutica é a mais importante característica que está em jogo diante da decisão sobre a melhor terapia para cada um. E com certeza, todas estas abordagens apresentam uma preocupação com o ser humano, sua integridade e bem-estar. Todas querem, dentro de sua particular forma de encarar o ser humano, contribuir para a saúde do indivíduo.
O objetivo da GT é que o terapeuta possa ter uma teoria, que faça com que a pessoa encontre ela mesma, as explicações sobre si própria. Que além de “obter explicações”, ela realmente possa “se compreender” e atingir sua plena autonomia. O terapeuta possa ajudá-lo a chegar às suas próprias conclusões sobre isso, e ajudá-lo exatamente a compreender o que o impede de alcançar o que almeja. Como também, ajudar o paciente a manter o contato consigo mesmo e com o seu mundo, em uma atitude não pré-julgativa, mas descritiva (atitude fenomenológica), de maneira que este pudesse apreciar o mundo que o cerca neste momento presente, e compreender como está sua relação com este mundo, o que ele percebe nele, o que precisa e os meios para obter isso. Em resumo, é dar mais importância ao ser humano e ao que ele precisa do que dar importância ao que eu acho dele.
Capítulo II - Fundamentação filosófica
Uma das principais bases filosóficas sobre a qual a GT