Introdução estatisica aplicada
Estatística Aplicada
A Natureza da Estatística 1. Panorama Histórico Todas as ciências têm suas raízes na história do homem. A Matemática, que é considerada “a ciência que une à clareza do raciocínio a síntese da linguagem”, originou-se do convívio social, das trocas, da contagem com caráter prático, utilitário, empírico. A Estatística, ramo da Matemática Aplicada, teve origem semelhante. Desde a antiguidade, vários povos já registravam o número de habitantes existentes, o de nascimentos, de óbitos, faziam estimativas das riquezas individual e social, distribuíam equitativamente terras ao povo, cobravam impostos e realizavam inquéritos quantitativos por processos que, hoje, chamaríamos de “estatísticas”. A partir do século XVI começaram a surgir as primeiras análises sistemáticas de fatos sociais, originado-se as primeiras tábuas, tabelas e os primeiros números relativos. No século XVIII o estudo de tais fatos foi adquirindo, aos poucos, feição verdadeiramente científica. Godofredo Achenwall batizou a nova ciência de Estatística, determinando o seu objetivo e suas relações com as ciências. Com tempo, as tabelas tornaram-se mais completas, surgiram as primeiras representações gráficas e o cálculo das probabilidades. A Estatística deixou de ser uma simples catalogação de dados numéricos coletivos para se tornar o estudo de como chegar a conclusões sobre o todo de uma “população” considerada, partindo-se da observação de partes desse todo (amostras). Atualmente, o público leigo (leitor de jornais e revistas) posiciona-se em dois extremos divergentes e igualmente errôneos quanto à validade das conclusões estatísticas: ou crê em sua infalibilidade ou afirma que elas nada provam. Os que assim pensam ignoram os objetivos, o campo e o rigor do método estatístico. Ignoram a Estatística, quer seja teórica, ou prática. Ou a conhecem muito superficialmente.
2. Método Estatístico O Método Científico Muitos dos conhecimentos que temos foram obtidos na antiguidade por