Introdução da perspectiva gestaltista no brasil
Antonio Gomes Penna
Elaborada pela denominada Escola de Berlim, a “Teoria da Gestalt”, foi representada, principalmente, por Max Wertheimer, Wolfgang Köhler, Kurt Koffka e Kurt Lewin, este, não aderiu a algumas teses básicas da Escola. Importante ressaltar, que na referida Escola, foi produzida a mais importante dentre as várias concepções fundadas no conceito da “Gestalt” ou da “forma”, ou, ainda, da “estrutura”, que se integram na denominação de movimento gestaltista ou estruturalista. O primeiro grande representante foi Christian Von Ehrenfels, cujo trabalho sobre “qualidades das formas”, publicado em 1890 revestiu-se de extraordinária importância, dele logo se derivando a denominada Escola de Graz, integrada por Alexius Von Meinong, Stephan Witaseck e Vittorio Benussi, o último, o mais fértil dos psicólogos experimentais da Áustria. A relação entre estes psicólogos é a de que todos desenvolvem uma teoria binária, caracterizada pela duplicidade dos planos de aquisição e elaboração da experiência. Mantendo intactos os dados dos sentidos como elementos desprovidos de organização e significados, concebem esses psicólogos a existência de processos perceptivos organizados sobre aqueles e a eles irredutíveis pelo fato de resultarem de um processo de produção intelectual. Há também, referências à Escola de Leipzig, representada por Felix Krüger e Johannes Volkelt que efetivamente pretendem desenvolver certas implicações de natureza estrutural. Como todas as demais versões do movimento gestaltista, esta escola põe grande ênfase no combate ao elementismo e ao associacionismo insistindo a conceituação dos fenômenos psíquicos como totalidades organizadas. Aspectos que apontam diferenças entre a Escola de Berlim e a de Leipzig referem-se ao caráter súbito das reestruturações perceptivas, tal como sustenta Wertheimer, Köhler e Koffka, e a relevância concedida ao papel do sujeito