Introdução ao pensamento projectual
Preocupado com a situação mundial do design no início da década de 80, “uma confusão impenetrável de cores, formas e sons”, Dieter Rams (designer alemão que desenvolveu projetos para a Braun), ciente de sua parcela de contribuição, perguntou a si mesmo se seus projetos seriam bons designs.
Como é extremamente difícil mensurar todos os aspectos de um bom design, ele se propôs a apontar dez princípios mais importantes para o que ele considerava o bom design.
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BOM DESIGN É INOVADOR
As possibilidades para inovação não estão, de forma alguma, saturadas. O desenvolvimento tecnológico está sempre oferecendo novas oportunidades para inovação no design. Porém o design inovador sempre se desenvolve paralelamente à tecnologia inovadora, e nunca pode ser um fim em si mesmo.
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BOM DESIGN TORNA O PRODUTO ÚTIL
Um produto é comprado para ser usado. Ele tem de satisfazer determinados critérios, não apenas funcionais, mas também psicológicos e estéticos. O bom design realça a utilidade de um produto sem desrespeitar nada que possivelmente possa afastar-se disso.
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BOM DESIGN É ESTÉTICO
A qualidade estética de um produto é parte integrante da sua utilidade, pois os produtos que usamos em nosso dia-a-dia afetam a nossa pessoa e o nosso bem-estar. Mas somente objetos bem executado podem ser belos.
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BOM DESIGN TORNA O PRODUTO COMPREENSÍVEL
Ele esclarece a estrutura do produto. Melhor ainda, pode fazer o produto falar. Na melhor das hipóteses, é auto-explicativo.
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BOM DESIGN É DISCRETO
Produtos que satisfazem um propósito são como ferramentas. Eles não são objetos de decoração nem obras de arte. Seu design deve ser neutro e contido, para deixar espaço à auto-expressão do usuário.
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BOM DESIGN É HONESTO
Não se faz um produto mais inovador, poderoso ou valioso do que ele realmente é. Ele não tenta manipular o consumidor com promessas que não podem ser cumpridas.
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BOM DESIGN É DURADOURO
Ele evita estar na moda e por isso nunca parece